terça-feira, 23 de setembro de 2008

DENGUE

Doença infecciosa causada por quatro tipos diferentes de vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus (ver Doenças infecciosas). Evolui principalmente em zonas urbanas e, a partir da década de 70, grandes surtos atingem América Latina, África e Ásia. Desde os anos 80, costuma aparecer de forma epidêmica na época do verão, quando as chuvas são mais freqüentes, pois os focos de água parada favorecem a reprodução do mosquito transmissor. O índice de mortes da doença é de 15% a 20%. Mas, se identificado a tempo, o dengue é tratável e sua cura é total, sem deixar seqüelas.

Existem três formas clínicas da doença: o dengue clássico, o dengue hemorrágico e a síndrome de choque do dengue. Na forma clássica, a doença provoca dores de cabeça e musculares, erupções na pele, comprometimento das vias aéreas superiores, febre e aumento das glândulas linfáticas. O dengue hemorrágico causa, ainda, hemorragias gastrointestinais, cutâneas, gengivais e nasais e, muitas vezes, é fatal. Esse caso ocorre quando a pessoa já teve a doença e é reinfectada por um dos outros tipos de vírus. Se não tratada de imediato, leva à morte em 50% dos casos e pode evoluir para a forma mais grave, a síndrome de choque do dengue. Esta, mais comum entre crianças menores de 15 anos, causa falência circulatória e, na falta de tratamento, o índice de mortes chega a 80%.

Não existe vacina contra o dengue, e a melhor forma de prevenção são os inseticidas e a eliminação de focos de água parada, em que o mosquito transmissor costuma se reproduzir. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, foram notificados 56.618 casos da doença em 1994. O total notificado até outubro de 1995 foi de 120.487 casos.